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5.6.10

COTIDIANO JOVEM

A escola mudou muito nos últimos anos. Quem sabe tornou-se até mais agradável aos alunos, mas deixou de lado a sua finalidade. A educação ficou em segundo plano e o ambiente virou apenas mais um ponto de encontro, de origens e vivência de relacionamentos entre os jovens.O importante é a integração com o grupo em que vive e mostrar que também está presente e atualizado. Eles vão à escola, preocupados com a festinha do próximo final de semana, com as fotos do Orkut comentadas no dia anterior, nos tweets enviados pelas celebridades, nas músicas novas que estão levando no seu MP7, 8, 9, seja lá que número for, e que ouvirá no intervalo, aliás, até mesmo durante a aula.

A projeção social está veiculada à roupa de marca, ao aparelho celular que acabou de ser lançado, e, dentre outros, está ligada cada vez mais à participação no mundo virtual. O perfil de cada um nas redes sociais é o que define o que eles são, lá eles apresentam (tornam público) apenas o que eles querem, o que é interessante, o que eles acham que chamará atenção dos amigos, ou das pessoas, do grupo em que vive. Tudo dentro de um padrão que vai se estabelecendo continuamente entre eles: a foto em certo lugar, com tal pessoa, em certa pose; os comentários, os depoimentos (que na verdade envolve muito mais uma relação de prestígio, de poder, de 'puxa-saco', do que propriamente um 'depoimento'), os ídolos etc; toda uma comunicação específica dessa geração, que expressam seu estilo de vida.

Foto: da web
Há sempre exceções, mas esta é a realidade da massa, da grande maioria, não só dos centros urbanos, mas também das zonas mais afastadas, atendidas cada vez mais com a inclusão digital. Muito se critica da metodologia pedagógica empregada, mas a finalidade da instituição escolar ainda é atender às necessidades básicas de educação, proporcionando ao aluno condições fundamentais para o convívio social, é o lugar onde é apresentado aos jovens o que a sociedade espera deles.

A questão não se limita ao ambiente escolar. Em casa, os pais, financiadores da vida dos filhos, querem sempre o melhor para eles. Não pensam de que modo seus agrados e a liberdade dada a ales influenciam seu comportamento e não consideram os resultados a longo prazo.
O jovem, a criança, acaba buscando o que mais lhe agrada, no que lhe trará gratificação imediata.

Eles estão erradas e são culpadas?
Não. É uma consequência do conjunto do qual fazem parte.

Mas, infelizmente, para esta galerinha, não ficarão debaixo das asas dos pais pra sempre. Chegará o momento em que terão que assumir responsabilidades.

E aí?
Eles estarão preparadas?

Um comentário:

Anônimo disse...

Èh, eu tbm concordo com sua opniao, as escolas de hj em dia nao é mais aquelas escolas que ensina, éh sim, em muitas das vezes lugares de encontros. :Leonan Martins